Saudações leitores do RED!! Bem, temos recebido MUITOS emails indignados sobre o estudante que escreveu uma receita de Miojo na redação do ENEM (http://br.noticias.yahoo.com/caso-estudante-usou-receita-miojo-reda%C3%A7%C3%A3o-enem-vira-144521965.html) . Recebemos comentários do tipo: "COMO ASSIM ELE NÃO TIROU ZERO??", "ISSO NÃO SERIA FUGA DO TEMA (OU SEJA, ZERO NA REDAÇÃO?" ou pior ainda... "VOU ESCREVER UMA RECEITA DE BOLO NA MINHA!!"... Tá... Primeiro de tudo... Não acho que escrever qualquer receita na redação seja uma boa ideia. Segundo: ao mesmo tempo que achei original o que esse estudante fez eu também achei meio ridículo. Não podemos exigir que a nossa nação comece a levar a educação a sério se nem tratamos com a devida seriedade uma etapa tão importante da nossa vida acadêmica que é o vestibular. O objetivo desse post, no entanto, é mostrar o porquê deste texto não ter levado o ZERO. Com vocês, mais um artigo de opinião da nossa querida Marlise Machado!!
Miojo e Polêmicas
Sabemos que a correção do ENEM
nem sempre é satisfatória e confiável. Liminares na justiça, processos para
interditar as inscrições... tudo bem, isso é fato. No entanto, quero “defender”
o corretor (a) da redação que despertou tanta polêmica nas redes sociais
recentemente: aquela em que o candidato (a), no penúltimo parágrafo, escreve
uma receita de “miojo” para deixar o texto menos cansativo. É obvio que o aluno
queria “causar”, e conseguiu. Sua nota foi 560 pontos, para muitos ele deveria
ter tirado ZERO, mas vou dizer por que ele não conseguiu esse feito.
- Não houve fuga TOTAL, eu disse
TOTAL do tema. Mesmo que tenha brincado no meio do texto, o candidato entrou na
temática solicitada “Imigração no Brasil do século XXI”.
- Ninguém feriu os direitos
humanos, nem usou palavras ofensivas.
- O gênero textual solicitado,
dissertativo argumentativo, foi escrito. Ele não fez uma narrativa ou uma
carta, portanto atendeu a proposta.
Eu sei que é revoltante ver uma
redação dessas tirar mais da metade da nota, mas as regras são claras quanto à
anulação. E nesse caso, não há nenhuma razão para isso. Menos sensacionalismo e
mais seriedade com o que realmente interessa.